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terça-feira, 21 de novembro de 2017

RÁDIO E FAKE NEWS UMA RELAÇÃO PERIGOSA PARA O PÚBLICO OUVINTE




Você provavelmente já leu ou ouviu algo sobre o que é “fake news” e os impactos que essa prática tem causado em vários setores da sociedade. Por algum motivo (seja de “apenas” má fé ou somado à questões econômicas - como a busca de “cliques / views”), alguém espalha uma mentira numa rede social ou distorce um fato concreto, causando prejuízos para aqueles que levam como verdade o assunto em questão. E a saída é uma rápida pesquisa pela mídia para ver se aquele assunto bate, através de fontes que contam com credibilidade. O rádio pode ser uma dessas fontes? Sim! Deve! Mas existem práticas que podem mais atrapalhar do que ajudar o nosso meio. 

Do mesmo jeito que a população em geral pode acreditar numa notícia falsa, o jornalista/radialista também pode. E isso é um grave problema, pois ao acontecer isso o profissional deixa de contribuir com o seu público, além de ampliar o raio de “abrangência” de um “fake news”. É aí que mora o perigo e já tem afetado severamente a credibilidade do meio rádio. Se um jornalista/radialista propaga uma mentira, ele pode jogar no lixo a sua carreira, a reputação da rádio onde trabalha (que deixa de ser confiável para o seu público), além de prejudicar a sua audiência.

As dicas dadas para a população de como enfrentar o “fake news” também servem para os profissionais de rádio. Mas isso é apenas um ponto de partida. Vale lembrar que a responsabilidade do radialista é maior, pois ele pode promover ou ampliar a mentira. Parece óbvio, mas isso já é notado pela população em geral, principalmente em mercados menores. 

Não é demais lembrar que, ao receber uma informação via internet, o radialista precisa checar de todas as maneiras possíveis. Em último caso, se não conseguiu aferir a veracidade daquela informação, é melhor não noticiar sobre ou no máximo alertar de que a notícia ainda não foi confirmada (dependendo do caso e da gravidade). Apenas ler no ar postagens feitas no Facebook/Twitter ou repassadas via WhatsApp pode ser uma prática extremamente perigosa.

Se uma determinada emissora opta por trabalhar com jornalismo (mesmo que seja através de notas curtas e comentários), é preciso ter cuidado na capacitação de sua equipe, passando pelos radialistas, jornalistas e com uma boa equipe de produção nos bastidores. E isso é regra, independente do tamanho da emissora e de sua equipe de profissionais.

A credibilidade do rádio é alta e esse é um dos diferenciais do meio perante outros formatos de comunicação. Manter isso intacto é fundamental para as pretenções de qualquer emissora e profissional, além de ser um dever perante o seu público (ouvintes).

TUDORÁDIO

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